NATO é ameaça <br> aos povos e à paz
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) repudia os exercícios da NATO em Portugal e Espanha, previstos para os próximos dias 28 de Setembro e 6 de Novembro.
A Constituição Portuguesa defende a «dissolução dos blocos político-militares»
Reagindo ao anúncio da realização daquelas manobras militares de grande escala, o CPPC colocou à subscrição um texto no qual considera que «num momento em que se multiplicam situações de tensão, de conflito e de guerra – inclusive na Europa – e aumentam a insegurança e a instabilidade internacionais, os exercícios militares desta organização belicista, envolvendo forças militares e território portugueses, não podem deixar de merecer o mais expressivo repúdio».
No documento recorda-se que a Constituição da República Portuguesa defende a «dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos», e, neste sentido,«as organizações portuguesas abaixo-assinadas, comprometidas com a causa da Paz, da cooperação, do progresso e da justiça social, repudiam a realização dos exercícios militares», a «participação das forças portuguesas em agressões militares da NATO a outros povos», e «afirmam ser urgente a dissolução da NATO, o fim das armas nucleares e de extermínio em massa, o fim das bases militares estrangeiras e o desarmamento geral e controlado».
Os subscritores, entre os quais estão a Associação de Amizade Portugal-Cuba, Associação Intervenção Democrática, Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin, Clube Estefânia, CCGTP-IN, Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, CPPC, Coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa, Ecolojovem – «Os Verdes», Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Interjovem – CGTP-IN, Juventude Comunista Portuguesa, Mó de Vida – Cooperativa e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, «reclamam das autoridades portuguesas o cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional, pela soberania dos Estados e pela igualdade de direitos dos povos».